O regresso dos carrancudos

Depois de um período em que na política portuguesa imperavam os políticos simpáticos, afáveis, sempre com um sorriso (ainda que muitas vezes cínico) para a comunicação social, como António Guterres, Durão Barroso e Jorge Sampaio, preparamo-nos agora para uma época em que na mó de cima estão os políticos carrancudos, até antipáticos, que não vão muito à bola com a comunicação social e que não apreciam grandes exibicionismos. O regresso deste estilo de políticos começou com a vitória de Sócrates a 20 de fevereiro, prossegue com a eleição de Marques Mendes para líder do PSD e irá ter o seu expoente máximo na mais que provável vitória de Cavaco Silva nas eleições presidenciais.
Eu cá, pelo que tenho visto, prefiro os segundos aos primeiros. Normalmente são mais realistas, não tão populistas e, mais importante, têm uma personalidade mais vincada o que os tornam melhores líderes. Espero que o que digo se confirme.