terça-feira, abril 19, 2005

Habemus Papam

Logo ao 2º dia de conclave foi escolhido o sucessor de João Paulo II. Não foram necessárias muitas discussões para se escolher o novo Papa. O Cardeal Ratzinger, descrito por muitos como um ultra conservador, parace ser uma aposta dos cardeais para um papado a curto prazo. E para um papado a curto prazo nada melhor do que escolher um conservador avesso a grandes mudanças e, ainda por cima, doente e já com 78 anos (mais dois anos e Ratzinger já não podia ser eleito). Mas não me parece que Ratzinger seja um papa de transição, a sua própria personalidade e as suas acções ao longo do tempo indicam que ele quererá deixar a sua marca na história da Igreja. Será isso bom ou mau? Não sei, o futuro o dirá. Mas não se poderão esperar grandes aberturas na Igreja. Ratzinger não gosta da sociedade moderna, já o disse algumas vezes, e não parece ser um homem especialmente talhado para ser um papa peregrino, dado ao diálogo. Para além disso, parece-me que o novo papa não tem a imagem forte de João Paulo II, é mais carrancudo e dificilmente irá ter a simpatida dos media. De qualquer forma, que tenha sorte o papa Bento XVI.

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