segunda-feira, abril 25, 2005

31 anos depois

Já passaram 31 anos desde a revolução de Abril. A revolução que continua a ser descrita por muitos como a melhor coisa que nos aconteceu desde sempre precisa de ser repensada. A revolução não foi esse acontecimento absolutamente brilhante e isento que nos tem sido impingido. Foi um movimento de esquerda, com o obectivo louvável de pôr fim à ditadura, mas que não anseava a democracia como nós a entendemos. O seu objectivo inicial, pela forte influência comunista, era acabar com a propriedade privada e instalar uma constituição do tipo comunista. Daí as nacionalizações e outras aberrações políticas feitas no pós-revolução. Que fique assente que a liberdade e democracia de que nós hoje dispomos não é obra daqueles que continuam ingenuamente a ser entendidos comos os obreiros da democracia, homens como Otelo, Vasco Gonçalves, Rosa Coutinho ou Álvaro Cunhal. O que eles queriam sei eu, mas felizmente outros se lhes opuseram, e esses sim são os obreiros da democracia e aqueles que por nós lutaram pela liberdade. Os homens que hoje devem ser homenageados são, entre outros, Mário Soares, Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Estes são os democratas. Estes são os heróis. O seu a seu dono.

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